terça-feira, 12 de abril de 2016

Entenda como a Prefeitura realizou o Festival Cubatão Danado de Bom


O Brasil vive uma grave crise econômica. E em Cubatão, berço do maior polo industrial do País, a situação não é diferente. Então, como em uma situação delicada, a Prefeitura conseguiu realizar a quarta edição do festival Cubatão Danado de Bom? Dinheiro público que poderia ser gasto em saúde e educação foi usado para a festa?




É claro que NÃO!

O festival Cubatão Danado de Bom foi criado para valorizar a cultura do Nordeste, berço de pelo menos 60% de nossa população. É um evento que atrai turistas – já recebemos pessoas de estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sul, e até do exterior –, gera empregos, leva o nome de Cubatão para todo o País, movimenta a economia local e reaviva o setor de serviços.

Turismo e Cultura. Esse é o caminho para Cubatão continuar crescendo, diversificando suas fontes de arrecadação e deixando de ser tão dependente do polo industrial.

Por isso mesmo, não há melhor momento para fazer a quarta edição do evento, que só é possível com a participação da iniciativa privada. O Município não tira dinheiro da saúde, educação ou outro setor prioritário para fazer o festival. Pelo contrário, buscou patrocinadores e benefícios legais como a Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal antes de confirmar a realização da festividade.

Com os patrocínios, a Prefeitura precisa investir a cada ano menos dinheiro do Município, que provém do orçamento que o setor de Cultura normalmente dispõe. Não é usado dinheiro da Saúde ou Educação, até porque isso é contra a Constituição. O Governo do Estado, que sempre contribuiu com a realização do evento em edições anteriores, também foi chamado a participar neste ano, mas infelizmente não deu retorno positivo.

Como normalmente acontece, em períodos pré-eleitorais, há muitos boatos sobre gastos com eventos da Prefeitura. A cidade não está gastando R$ 11 milhões com o Danado de Bom. O valor real não chega a um décimo disso. Graças à Lei Rouanet, o festival captou R$ 700 mil junto aos patrocinadores, valor que viabilizou a contratação dos artistas e grande parte da estrutura.

Por outro lado, se o Município não comemorasse seu aniversário, as críticas não cessariam. Pelo contrário. Quando, em 2013, a Cidade cancelou eventos em comemoração ao seu aniversário por falta de recursos, os mesmos que hoje criticam a realização do Danado reclamaram por não haver festa e celebrações. Pior, chegou-se a pedir a cassação da prefeita Marcia Rosa exatamente por isso.

A verdade é que o Festival Cubatão Danado de Bom já não é mais um evento da Prefeitura. É um evento da Cidade, aguardado e esperado por toda a população, que já faz parte do calendário oficial de eventos do Estado de São Paulo. Uma festa que une a cidade, faz seu povo ter orgulho de suas origens e torna nossa cidade a capital da Baixada Santista.

O resultado está aí: público recorde nesta quarta edição. Foram 65 mil pessoas nos quatro dias de evento.


A 4ª edição do Festival da Cultura Nordestina Cubatão Danado de Bom teve o patrocínio da Elog, com apoio da Unipar Carbocloro, Vale e Anglo American. O evento foi promovido em parceria com Associação Comercial e Industrial de Cubatão (ACIC), Ciesp Cubatão e Santos e Região Convention & Visitors Bureau e realização da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, Governo Federal, Prefeitura de Cubatão e Associação dos Artistas.